Os dados demonstram que a maioria não está ociosa, mas sim enfrentando obstáculos significativos, como a alta rotatividade no mercado de trabalho, empregos precários e a escassez de oportunidades de qualificação.
Um fator que tem agravado essa situação é a Reforma Trabalhista de 2017, que, ao flexibilizar as regras de contratação e ampliar o uso de contratos intermitentes, contribuiu para a precarização do trabalho juvenil.
No segundo trimestre de 2024, cerca de 9,8 milhões de jovens entre 15 e 29 anos, representando cerca de 20% dessa faixa etária, estavam sem emprego e fora da escola, compondo o grupo classificado como "nem-nem".
No entanto, rotular esses jovens como "nem estudam, nem trabalham" simplifica de forma inadequada uma realidade muito mais complexa.
A maioria desses jovens enfrenta uma série de barreiras estruturais que dificultam tanto o ingresso no mercado de trabalho quanto a continuidade dos estudos.